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REPRODUÇÃO ASSISTIDA


O que é reprodução assistida?

Chamamos de reprodução assistida as técnicas e os tratamentos que visam elevar as chances de gravidez de um casal com problemas de fertilidade. Quando as dificuldades de reprodução envolvem problemas de ovulação da mulher, o que é bastante frequente, utilizamos hormônios para induzir uma produção extra, que resulte em mais de um óvulo por ciclo.

Muitas gestações múltiplas que decorrem de tratamentos de infertilidade se relacionam com esse procedimento, que pode levar a mulher a produzir vários óvulos de uma só vez: quando são usadas, as técnicas de estimulação produzem taxas de 20% a 40% de gestações múltiplas. A hiperestimulação ovariana é um recurso utilizado nas diversas formas de tratamento, do coito programado e da inseminação intrauterina à fertilização in vitro.

Veja quais são os principais tratamentos disponíveis na nossa clínica:

>> Coito programado

O coito programado é o método mais simples de tratamento de infertilidade. Pode ser indicado para mulheres jovens, com irregularidades de ovulação, embora sem obstrução das trompas, e para homens com contagem normal de espermatozoides. O tratamento consiste em estimular os ovários da mulher e monitorar o amadurecimento dos óvulos por meio de ultrassonografia transvaginal seriada para apontar o momento mais propício ao coito, com chance de fertilização. O ovário é estimulado com medicamentos para produzir mais óvulos que o normal, e com isso as chances de gestação aumentam.

>> Inseminação intrauterina

O tratamento começa com a hiperestimulação medicamentosa dos ovários da mulher com os indutores de ovulação, ao mesmo tempo em que se monitora a resposta a estes medicamentos com ultrassonografias. O objetivo é acompanhar o desenvolvimento dos folículos e posteriormente precipitar sua maturação.
Quando a ovulação está prestes a acontecer, o esperma do parceiro é colhido e tratado no laboratório, com técnicas que separam os espermatozóides do líquido seminal e selecionam os gametas com mais movimento (e, portanto, maiores chances de fertilizar os óvulos da parceira). Pouco antes da ovulação, usa-se um cateter para introduzir uma amostra selecionada do esperma diretamente na cavidade uterina. No consultório, um cateter leva os espermatozóides, através do colo, até o interior do útero da mulher, por via vaginal. É um procedimento simples, totalmente indolor, realizado ambulatorialmente e que dura, no máximo, 15 minutos.
O esperma é preparado no laboratório através das técnicas de capacitação espermática, que visam a melhorar a motilidade dos espermatozóides e eliminar células mortas. Combinadas, a existência de múltiplos óvulos disponíveis para fertilização nas trompas da mulher e a facilidade com que os espermatozoides chegam ao útero elevam as chances de gravidez.
A inseminação intra uterina pode ser realizada com o esperma do marido ou com amostra de doador anônimo. A inseminação está indicada para pacientes sem problemas físicos que impeçam a concepção – como problemas de interação entre o muco do colo do útero e os espermatozoides por exemplo –, ou cujo parceiro tenha uma contagem ao menos regular de espermatozóides.
Para que a inseminação tenha sucesso, um ou mais óvulos precisam ser fertilizados pelos gametas masculinos; e o(s) embrião(ões) resultantes têm de se aderir adequadamente ao endométrio, iniciando a gestação.
As chances de sucesso da inseminação para mulheres a partir de 40 anos são de 10%, contra 18%, para as que têm de 30 a 35 anos, e 20%, para as de 30 ou menos.

>> Fertilização in vitro

O mais sofisticado entre os métodos de reprodução assistida disponíveis permite fecundar o óvulo fora do corpo da mulher. É indicado em casos de problemas nas trompas ou de fator masculino grave. O processo começa com a estimulação química dos ovários. Os óvulos maduros são colhidos em um procedimento ambulatorial de aspiração dos óvulos guiada por ultrassom transvaginal. Esse procedimento de coleta de óvulos é realizado sob anestesia (sedação). É rápido e indolor. Enquanto ele acontece, o esperma do parceiro é colhido e “lavado” através do processo de capacitação seminal.
Terminados os dois processos, óvulos e espermatozóides são colocados em contato no laboratório para que a fertilização aconteça. Numa variação da técnica clássica da FIV, conhecida como micromanipulação ou ICSI (intracitoplasmatic sperm injection), espermatozóides selecionados são injetados diretamente nos óvulos.
Os embriões gerados no laboratório permanecem em cultura por três a cinco dias; então, são reconduzidos ao útero da mulher por um cateter bem fino, num procedimento indolor que dispensa anestesia e é conhecido como transferência embrionária. O sucesso do tratamento depende de um ou mais embriões se implantarem no útero e dar início à gravidez.
A resolução do Conselho Federal de Medicina que regula a reprodução assistida no Brasil, sugere que mulheres com menos de 30 anos recebam a transferência de apenas um embrião, mulheres de 30 a 35 anos recebam um máximo de 2 embriões, mulheres de 35 a 40 anos recebam um máximo de 3 e mulheres com mais de 40 anos limita a quatro o número de embriões que podem ser transferidos por ciclo de tratamento. Em nossa clínica no entanto, damos preferência a nunca ultrapassar 2 embriões por transferência, para diminuirmos os riscos relacionados à gestação múltipla.
Para que o procedimento dê certo, os embriões precisam se implantar no endométrio, que é a camada interna do útero. Duas semanas depois, um teste de gravidez no sangue verifica se isso aconteceu.
As taxas de sucesso da FIV variam com a idade da paciente.

FERTILIZAÇÃO IN VITRO PELA TÉCNICA DE ICSI (Intra cytoplasmic Sperm Injection)

Na fertilização in vitro, a qualidade dos embriões gerados no laboratório é analisada antes que os embriões sejam transferidos para o útero. O objetivo não é apenas escolher os mais aptos a serem bem-sucedidos no processo de implantação, mas também selecionar aqueles que ofereçam risco diminuído de anomalias genéticas. Os parâmetros utilizados para se classificar os embriões incluem o número de células (que deve ser o maior possível) e a porcentagem de fragmentos (quanto maior, pior é a qualidade do embrião). Embriões com 25 a 50% de células fragmentadas oferecem 93% de risco de anomalias genéticas e baixa capacidade de implantação no útero.

Em situações em que o risco de problemas cromossômicos nos embriões é aumentado, ou nos casos de mulheres com idade acima de 38 anos, podemos utilizar técnicas modernas de diagnóstico genético. A técnica de PGD (Pre-Implantation Genetic Diagnosis), hoje mais conhecida como PGS (Pre-implantation Genetic Screening), ou Rastreamento Genético Pré-Implantação, consiste em retirar uma célula do embrião no quinto dia após a fertilização e analisar seu DNA em busca de defeitos genéticos (como os que causam a fibrose cística, por exemplo), doenças recessivas ligadas aos cromossomos sexuais (hemofilia, distrofias neuromusculares) e anomalias em três outros cromossomos, incluindo a trissomia do 21, que causa a Síndrome de Down. Quando o teste detecta alguma alteração cromossômica, o embrião afetado não é transferido.

BIÓPSIA EMBRIONÁRIA
Embrião no estágio de blastocisto

A biópsia permite também detectar o sexo do embrião, um recurso que é usado quando há risco de doença genética ligada ao sexo, como a hemofilia, por exemplo.
A PGS não é feita rotineiramente, mas apenas quando há história de doença genética na família; em mulheres com mais de 38 anos, pelo índice aumentado de problemas cromossômicos; ou em casos que poderiam ser explicados por anomalias genéticas, como os de pacientes que têm aborto habitual ou já fizeram pelo menos duas tentativas malsucedidas de fertilização in vitro com embriões considerados bons pelo exame morfológico, sem posterior implantação. A realização da pesquisa genética nos embriões antes da sua transferência para o útero é um recurso que aumenta bastante as taxas de sucesso da FIV.

Esses procedimentos realizamos junto com a Clínica Chedid Grieco 

 

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DÚVIDAS SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA

Posso escolher o sexo do bebê?
Somente em situações especiais, como diante da possibilidade de transmissão de doenças determinadas pelo sexo. A hemofilia é uma delas. Nesse caso, é feita uma fertilização em laboratório e, depois, os especialistas implantam, na mulher, apenas um ou dois embriões do sexo escolhido, masculino ou feminino. Os médicos não têm autorização do Conselho Federal de Medicina (CFM) para praticar, indiscriminadamente, a chamada sexagem, sob pena de sanções éticas. Além da sexagem, existem técnicas que aumentam as chances de o casal ter um menino ou uma menina. Na inseminação artificial, em que os gametas do homem são previamente coletados e depois implantados na mulher, é possível fazer uma seleção de espermatozoides masculinos ou femininos, conforme o que se deseja.
Posso engravidar de gêmeos?
A gravidez de gêmeos é bastante comum nas técnicas de reprodução assistida. As chances de isso acontecer chegam a 25%. Ou seja, de cada quatro gestações com fertilização in vitro, uma é múltipla. Com a fertilização natural, a probabilidade é de 1%. Mas as novas normas médicas pretendem reverter essa estatística. Antigamente, transferia-se até quatro embriões para o útero da futura mamãe, mesmo em jovens. Hoje, mulheres de até 35 anos podem receber, no máximo, dois embriões. Mais do que isso, somente as mais velhas, menos férteis. Mulheres de 36 a 39 anos têm direito à transferência de três embriões e as acima de 40 anos podem receber quatro embriões. A gestação múltipla aumenta os riscos de hipertensão e diabetes na mãe e de nascimento prematuro dos filhos.
Quem é o responsável pela infertilidade do casal?
Meio a meio. O homem responde por 40% dos casos e a mulher também por 40%. Nos outros 20%, a infertilidade é conjugal, compartilhada por ambos.
Existe um limite de idade para tentar a fertilização assistida?
A natureza é sábia. Ela preserva a fertilidade da mulher até idades em que a mãe ainda tem disposição física para tomar conta da prole. O pico de fertilidade da mulher se encerra, em média, aos 35 anos. Depois dessa idade, suas chances de engravidar começam a cair. É diferente do homem, que produz seus gametas a cada 70 dias e repete esse ciclo mesmo depois dos 65 anos. Já a mulher nasce com 400 a 500 mil óvulos e vai perdendo seus gametas conforme a idade avança. Com a aplicação de técnicas de reprodução assistida, mulheres de 45 anos ou mais conseguem engravidar, principalmente com o uso de óvulos doados. Mas a medicina tem limites.

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